Maior destróier do mundo da Marinha dos EUA terá em breve armas funcionais

© AP Photo / Robert F. BukatyUSS Michael Monsoor, segundo navio de guerra norte-americano da classe Zumwalt
USS Michael Monsoor, segundo navio de guerra norte-americano da classe Zumwalt - Sputnik Brasil
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A Marinha norte-americana planejava a construção de 28 navios da classe Zumwalt, mas, devido a cortes orçamentais ao longo dos anos, reduziu este número para apenas três.

O maior destróier do mundo, o USS Zumwalt, terá em breve um sistema de armas funcional, quatro anos após ter sido comissionado. O navio irá substituir as capacidades da frota naval dos EUA de atingir alvos terrestres.

Uma fonte no programa Zumwalt disse à revista Defense News no sábado (28) que o elemento final do novo sistema de combate do navio deverá ser instalado antes do fim do mês.

O programa de pesquisa e desenvolvimento SC-21 acabou por dotar o Zumwalt, construído em torno do poderoso Sistema Avançado de Armas (Advanced Gun System), com um canhão de 155 milímetros capaz de disparar 10 projéteis por minuto contra alvos a até 83 milhas náuticas (153 km) de distância.

© YouTube/USNavyResearchCanhão elétrico da Marinha dos EUA
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Canhão elétrico da Marinha dos EUA

Cada navio da classe Zumwalt deveria ter dois desses canhões, proporcionando um poder de fogo efetivo equivalente a duas baterias de obuses de 155 milímetros.

Quando os quatro navios de guerra da classe Iowa foram definitivamente desativados após a Guerra do Golfo de 1991, a Marinha tinha ido à procura de um novo navio capaz de bombardear alvos em terra para apoiar um desembarque dos Fuzileiros Navais.

Obstáculos na construção

No entanto, os cortes orçamentais levaram a Marinha a reduzir a sua frota planejada da classe Zumwalt, primeiro de 28 navios para sete, e depois para apenas três embarcações de 16.000 toneladas.

Com os canhões do navio sendo a única arma capaz de disparar as munições especializadas do Projétil de Ataque Terrestre de Longa Distância (LRLAP), o custo por projétil rapidamente se descontrolou.

O que a Lockheed Martin antes previu como devendo custar US$ 35 mil (R$ 181,8 mil) aumentou para quase US$ 1 milhão (R$ 5,19 milhões) por série de disparos, levando o LRLAP a ser abandonado, informou o Instituto Naval dos Estados Unidos.

A Marinha decidiu salvar o navio de guerra furtivo, convertendo-o em um destróier de mísseis guiados mais padronizado, munindo-o com 80 tubos de lançamento verticais MK57, capazes de disparar uma grande variedade de mísseis antiaéreos, antinavio e antissuperfície.

É este novo sistema de armas que está prestes a entrar em funcionamento, quatro anos após o comissionamento do Zumwalt.

De acordo com a revista The Diplomat, a grande produção de eletricidade do Zumwalt também poderia fazer dele a base de uma futura arma de energia dirigida: o sistema integrado de energia do navio produz cerca de 78 megawatts de eletricidade, quase tanto quanto um porta-aviões movido a energia nuclear.

A Marinha encomendou seu segundo navio da classe Zumwalt, o USS Michael Monsoor, em janeiro de 2019. O último navio da classe, o USS Lyndon B. Johnson, deverá ser encomendado em 2021.

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