"Não nos contaram tudo sobre esse vírus. A segunda faixa que mais interna é a de 30 a 39 anos de idade. Tivemos óbitos nessa faixa", afirmou Edmar Santos nesta terça-feira (31) em entrevista para o Bom Dia Rio.
Segundo ele, o vírus está se comportando de uma maneira agressiva no Rio e no restante do país.
"Os pacientes, quando começam a chegar ao hospital com falta de ar, rapidamente evoluem para gravidade, alguns morrendo no mesmo dia", disse.
Na segunda-feira (30), autoridades sanitárias do Rio de Janeiro anunciaram a morte da paciente mais jovem até agora no estado, uma mulher de 32 anos.
Isolamento estaria surtindo efeito
Apesar disso, o secretário afirmou que há sinais de que o isolamento social adotado no estado vem surtindo efeito, pois as curvas de internações e de pacientes que necessitam de UTIs está achatando.
"Por mais que possa haver subnotificações, essa curva hoje é mais precisa do que no início. Então, a população deve comemorar ficando em casa. É um sacrifício que está valendo a pena, está salvando vidas. Se relaxar agora, a curva pode disparar de novo", explicou.
De acordo com Santos, para cada caso confirmado deve haver 50 subnotificados.
Brasil tem 4.579 casos
Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, divulgado ontem, o Brasil totaliza 159 mortes e 4.579 casos confirmados da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus.
No Rio de Janeiro, de acordo com dados da secretaria de Saúde, há 657 casos confirmados (553 na capital e o restante divididos por 23 de 92 municípios) e 18 mortes.
Em São Paulo, estado mais atingido até agora pela epidemia, o Ministério da Saúde registrou 113 mortes e 1.517 casos.