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Bolsonaro posta vídeo falso culpando governadores por escassez e depois o apaga

© REUTERS / Ueslei MarcelinoPresidente brasileiro Jair Bolsonaro ajusta sua máscara protetora facial em comunicado à imprensa durante a pandemia de coronavírus, em Brasília, Brasil, 20 de março de 2020
Presidente brasileiro Jair Bolsonaro ajusta sua máscara protetora facial em comunicado à imprensa durante a pandemia de coronavírus, em Brasília, Brasil, 20 de março de 2020 - Sputnik Brasil
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O presidente Jair Bolsonaro voltou a se opor nesta quarta-feira às medidas de confinamento que os governadores estaduais estão adotando para deter o novo coronavírus, acusando-os de causar escassez de alimentos.

Bolsonaro publicou no Twitter (agora excluído) um vídeo de um suposto trabalhador do centro de abastecimento de Belo Horizonte, que reclama que não há comida e o acompanha com o seguinte texto:

"Não é um desentendimento entre o presidente e alguns governadores e alguns prefeitos. São fatos e realidades que devem ser mostradas. Depois da destruição não interessa mostrar culpados."

No vídeo, o homem mostra um armazém praticamente vazio, diz que "a fome também mata", critica os governadores "que querem ganhar um nome e uma projeção política" e elogia Bolsonaro, porque garante que o que o presidente quer é uma paralisia responsável.

Pouco depois, vários veículos de imprensa refutaram o conteúdo da postagem. Um helicóptero da Rede Globo chegou a sobrevoar o local para desmentir o teor compartilhado por Bolsonaro. O vídeo acabou sendo deletado pelo presidente.

© REUTERS / Adriano MachadoPresidente Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores em manifestação em frente ao Planalto em meio à epidemia do coronavírus
Bolsonaro posta vídeo falso culpando governadores por escassez e depois o apaga - Sputnik Brasil
Presidente Jair Bolsonaro cumprimenta apoiadores em manifestação em frente ao Planalto em meio à epidemia do coronavírus

Nos últimos dias, o presidente brasileiro se opôs totalmente às restrições e quarentenas impostas pelos governadores e prefeitos para conter a expansão da COVID-19, e chegou ao ponto de deturpar uma palavra do diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao argumentar que a entidade defende que, nos países pobres, as pessoas retornem ao trabalho para garantir seu sustento.

Essa posição lhe rendeu inúmeras críticas e gerou tensões até dentro do próprio governo, principalmente com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que é a favor do isolamento social.

De acordo com o balanço divulgado em 31 de março pelo ministério, o Brasil já acumula 201 mortes e 5.717 casos confirmados do novo coronavírus, com uma letalidade de 3,5%.

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