Recentemente, o Observatório Zijinshang da Academia de Ciências da China reportou ao mundo ter descoberto o asteroide 2020 FL2.
O corpo celeste teve sua passagem mais próxima à Terra no último dia 22 às 17h38 no horário de Brasília. Contudo, o mesmo era de pequeno porte, com 20 m de diâmetro, embora sua distância até o nosso planeta foi de apenas 140.000 km.
Comentando o assunto à Sputnik China, o professor Zhao Haibin, da Academia de Ciências da China, falou dos perigos e benefícios destes objetos.
Asteroides 'têm importância'
Apesar de haver diversos asteroides no espaço, Haibin afirmou que os mais próximos da Terra têm seu valor científico.
"A descoberta de asteroides próximos à Terra [...] permite estudar a evolução do Sistema Solar, avaliar o risco de os asteroides embaterem com a Terra, estudar contramedidas ao risco de colisão, assim como utilizar os recursos dos asteroides para pesquisas do espaço", afirmou.
É válido lembrar que tais corpos celestes figuram como fontes da primeira matéria que formou os planetas do Sistema Solar, segundo a teoria.
"Os asteroides contêm muitas informações sobre o período pré-Sistema Solar, o que nos permite estudar a composição química de tal sistema", disse.
As pesquisas também poderiam indicar a origem dos asteroides próximos.
Segurança da Terra
Também o estudo da órbita destas pedras cósmicas pode ser usado para saber de antemão quando eles podem cair na Terra.
"Sabendo tudo sobre o asteroide, podemos descobrir o quão perigosa será a colisão", acrescentou Haibin.
O pesquisador leva em consideração o desenvolvimento tecnológico do mundo, o que pode ser positivo para neutralizar tais ameaças.
Explorando o Universo
Com um maior interesse pelo Universo e o aumento das missões espaciais, a humanidade poderá recorrer a tecnologias que permitam explorar fora do planeta recursos naturais que nele são escassos.
"A humanidade poderá ter a possibilidade de extrair recursos do espaço, e os asteroides são a fonte mais direta que podemos usar. Por exemplo, as pessoas poderão usar os asteroides como naves e aproveitar como recursos suas órbitas. Também pode ser explorado o próprio asteroide, visto que muitos contêm água e grande quantidade de metais. Da mesma forma seria muito cômodo se no futuro pudéssemos os ter como fonte de energia", explicou.
Grande asteroide
De acordo com o Centro Internacional de Asteroides, no dia 4 de abril, às 5h00 no horário de Brasília, o asteroide 2015 FC35 passará pelo ponto mais próximo à Terra de sua trajetória.
Contudo, o mesmo não apresenta risco de colisão, visto que sua distância mais próxima será 10,44 vezes maior do que a existente entre a Terra e a Lua.