O anúncio surgiu no início da coletiva de imprensa da Casa Branca cujo tema principal é a pandemia de coronavírus, que obrigou grande parte dos EUA a ficar em autoisolamento, e que, de acordo com o governo, poderá causar entre 100 mil e 240 mil mortes.
A mobilização da Marinha dos EUA tem como objeto aumentar pressão sobre o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e aliados, no entanto não se trata de uma preparação de uma ação militar de Washington contra a Venezuela, afirmou uma fonte familiarizada com a situação, escreve agência Reuters.
Embora Donald Trump tenha insistido que todas as opções estão na mesa contra Maduro, oficiais dos EUA deixaram claro que estão pouco interessados em usar força militar, por poder envolver Washington em outro conflito estrangeiro.
O plano de mobilização de navios envolve o Comando Sul dos EUA, que deve enviar navios da Marinha para perto da Venezuela, segundo uma fonte familiarizada como a situação. No entanto, não se sabe quão perto os navios ficariam da costa venezuelana, informam fontes.
A mobilização é uma das maiores operações militares dos EUA na região desde a invasão do Panamá em 1989 para derrubar do poder o general Manuel Noriega, levando-o para os Estados Unidos a fim de ser julgado sob acusações de narcotráfico, aponta Associated Press.
A operação envolve navios de guerra da Marinha, aeronaves de vigilância com Sistema Aéreo de Alerta e Controle (AWACS, na sigla em inglês) e forças especiais terrestres.
Na quinta-feira (26), o procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, lançou acusações contra Maduro e vários altos funcionários venezuelanos, alegando que estariam envolvidos em narcotráfico.