Maduro, em pronunciamento transmitido do Palácio de Miraflores pela TV e pelo rádio, ressaltou a necessidade de um acordo humanitário.
"Nas próximas horas eu ordenei, no âmbito da operação permanente Escudo Bolivariano, a mobilização de peças de artilharia a serem preparadas para a luta pela paz, pelo cessar-fogo, por um acordo humanitário", disse o chefe de Estado nesta sexta-feira.
Durante reunião com um grupo de especialistas médicos para lidar com a pandemia da COVID-19, Maduro disse que existem grupos contrários ao seu governo que estão preparando ações armadas.
"Existem grupos que não conseguem lidar com o ódio que carregam e que atualmente preparam ações armadas e violentas contra a paz na Venezuela. Repito, sei o que estou dizendo", afirmou o presidente.
O presidente Maduro garantiu que estes são grupos irregulares e financiados pelos Estados Unidos e Colômbia, e que pretendem usar a quarentena e a pandemia para realizar um "golpe terrorista".
Desse modo, o presidente garantiu que está na vanguarda de todas as operações, para que a Venezuela tenha paz e "esteja preparada para qualquer combate necessário".
Nicolás Maduro condenou o governo dos Estados Unidos por enviar navios de guerra para o Caribe, onde supostamente combaterão o narcotráfico.
A Casa Branca enviou a frota dias depois de acusar o presidente Nicolás Maduro e altos funcionários do governo venezuelano de integrar um cartel de narcotráfico e oferecer US$ 15 milhões por sua captura.
O governo da Venezuela acusa os Estados Unidos de usar seu país para distrair a opinião pública da crise na saúde enfrentada por Washington, em função do aumento nos casos de COVID-19.
Durante seu discurso, o presidente venezuelano também pediu aos governos da Colômbia e do Equador que deixem de lado as diferenças políticas e garantiu que estava disposto a oferecer seu apoio diante da crise provocada pelo coronavírus.
Maduro também lançou um apelo à companhia aérea venezuelana Conviasa para repatriar centenas de seus compatriotas retidos nos Estados Unidos.