Os hospitais Israelita Albert Einstein e Sírio-Libanês poderão fazer testes clínicos com o plasma em doentes, segundo o portal G1.
O plasma (parte líquida do sangue) de pacientes curados também está sendo testado de forma experimental nos Estados Unidos, desde que a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) autorizou seu uso em pacientes infectados pelo novo coronavírus.
Segundo o diretor de pesquisa do hospital Albert Einstein, Luiz Vicente Rizzo, o principal objetivo é diminuir o número de pessoas que precisam de terapia intensiva, unidade que possui menos leitos do que a internação comum. O plasma já foi utilizado com eficácia em outros surtos de infecções respiratórias, como no caso do vírus influenza.
Evitar ida de pacientes para UTI
"Se a terapia funcionar como nós estamos esperando, dentro dos parâmetros que nós estamos esperando, ela deve ser útil para evitar que um grande número de pessoas vá para a UTI. Que é justamente aonde está o maior gargalo", disse o diretor, de acordo com o G1.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) diz que não existem ainda evidências concretas sobre o eficácia do método. Os testes, no entanto, não precisam ser autorizados pelo órgão.
Na China, cinco pacientes em estado grave apresentaram melhora após o tratamento com plasma.
O Ministério da Saúde, por sua vez, afirmou que realiza revisão da literatura científica para avaliar se existem dados suficientes a respeito da eficácia da utilização da técnica, e que está em contato com centros hemoterápicos que deram início aos protocolos de pesquisa.
Caso for constatada a efetividade de novas terapias, a pasta poderá compartilhar orientações para o uso delas pelo serviço de saúde.
Ministério confirma 10.278 casos e 431 mortes
Segundo balanço do Ministério da Saúde divulgado neste sábado (4), foram confirmados 10.278 casos da COVID-19 no Brasil, com 431 mortes.