O jornal The Global Times havia recentemente informado que uma versão naval do jato de treinamento JL-9 Mountain Eagle estaria sendo utilizada para "treinar pilotos de porta-aviões em aeródromos terrestres".
Entretanto, o especialista naval chinês Li Jie afirmou ao South China Morning Post que a aeronave produzida pela Guizhou Aircraft Industry Corporation (GAIC) foi desenvolvida estritamente para o treinamento de pilotos do porta-aviões Type 002, o segundo porta-aviões construído pelo gigante asiático.
O Type 002 deve ser concluído no ano que vem e contará com um sistema de catapulta eletromagnética, que foi comparado ao sistema do USS Gerald R. Ford, da Marinha norte-americana.
Antes do desenvolvimento da aeronave, os pilotos treinavam em simuladores para aprender a decolar e pousar em um convés com menos de 300 metros de comprimento.
"A entrega da versão naval do jato JL-9 economizará muito dinheiro à Marinha", afirmou Zhou Chenming, comentarista militar de Pequim, explicando que, ao invés de gastar US$ 61 milhões (R$ 322 milhões) em uma aeronave J-15, o novo jato só custaria aproximadamente US$ 9 milhões (R$ 47 milhões).
"O J-15 é caro pois é um jato de combate e precisa ser dotado com equipamentos e armas sofisticados, mas uma aeronave de treinamento não precisa de tantos itens", explicou.
A China pretende ter ao menos quatro grupos de ataque de porta-aviões até 2030, o que exigirá ao menos 200 aeronaves (helicópteros e aviões de combate) além de aproximadamente 500 pilotos.
Anteriormente, foi mencionado que as forças chinesas não teriam suficientes pilotos para atingir a capacidade total do porta-aviões Shandong, contudo, com o novo jato de treinamento, a instrução dos pilotos deverá ser facilitada.