Coronavírus no Brasil
O balanço das secretarias estaduais de Saúde, divulgado na noite de segunda-feira (6), registra 12.239 casos de COVID-19 e 566 vítimas fatais. A taxa de letalidade no Brasil está em 4,6%. O país é o 15º país com maior número de casos no mundo, de acordo com a Universidade Johns Hopkins (EUA). O estado da federação mais afetado, São Paulo, prorrogou a quarentena até o dia 22 de abril. O prefeito da capital paulista, Bruno Covas, ameaçou lacrar os estabelecimentos comerciais que violem as regras e mobilizar a polícia para garantir o respeito à quarentena. Estudo divulgado pelo Instituto Butantan mostra que o auto-isolamento diminui as taxas de infecção em São Paulo em até 50%.
Ministro da Saúde Luiz Mandetta fica no cargo
Após reunião com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que permanecerá no cargo. Para o ministro, que relatou que membros da sua equipe já estavam "limpando a gaveta, pegando as coisas" para deixar as funções, a reunião provou que o governo federal "se reposiciona" em relação ao combate à COVID-19. O ministro afirmou que a sociedade enfrenta um inimigo comum que "tem nome e sobrenome: é a COVID-19".
Premiê britânico Boris Johnson está na UTI por COVID-19
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, infectado pela COVID-19, foi internado na UTI e submetido a respiração artificial nesta segunda-feira (6), após piora no seu estado de saúde. O seu ministro das Relações Exteriores, Dominic Raab, deve assumir funções como primeiro-ministro interino. Fontes ouvidas pela Reuters informaram que não houve melhora no quadro do primeiro-ministro nesta terça-feira (7). A noiva do premiê, Carrie Symonds, que está grávida, também apresentou sintomas de COVID-19, mas informou estar se sentindo bem.
Governos debatem uso de remédio contra malária para combater coronavírus
O presidente dos EUA, Donald Trump, está promovendo o uso de remédio utilizado para a malária, a hidroxicloroquina, para o tratamento da COVID-19, apesar da ausência de provas contundentes de que a droga seja eficaz. Pressionada por Washington, a Índia anunciou, nesta terça-feira (7), que irá liberar a exportação de algumas cargas do remédio para os EUA. De acordo com o jornal Estado de São Paulo, o ministro da Saúde do Brasil, Luiz Mandetta, afirmou ter sido pressionado por dois médicos para impor o tratamento com hidroxicloroquina a pacientes com COVID-19, mas se recusou, citando falta de embasamento científico para o uso da droga contra o novo coronavírus.
China deve relaxar quarentena em Wuhan
Nesta terça-feira (7), a China reportou nova queda nos números de casos de COVID-19 no país, com apenas 32 novos casos confirmados. O número de pacientes assintomáticos em observação médica é de 1.033. A cidade de Wuhan reportou dois novos casos e nenhuma morte pelo novo coronavírus pela primeira vez desde o início da epidemia. O governo chinês estuda autorizar as pessoas a deixarem a cidade a partir desta quarta-feira (8). A China é agora o 6º país com maior número de casos de COVID-19 no mundo, com 82.697 infecções e 3.335 vítimas fatais.
Preço do petróleo em alta de 3% em meio à queda na demanda
O preço do petróleo abriu essa terça-feira (7) em tendência de alta. Os preços do Brent se recuperam em cerca de 3% nesta manhã, apesar da forte queda na demanda mundial pela commodity, em função da COVID-19. O presidente dos EUA, Donald Trump, não descartou que os EUA participem do próximo acordo de corte na produção mundial de petróleo, a fim de estabilizar os preços. No entanto, ele afirmou que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ainda não fez nenhuma solicitação nesse sentido: "Talvez a gente faça isso, talvez não [...] se eles me pedirem, eu vou tomar uma decisão", disse Trump em conferência de imprensa, nesta segunda-feira (6).