"Estamos trabalhando contra o relógio, tentando impedir a propagação da COVID-19 na África [...] Se não forem tomadas medidas urgentes para detê-la, as consequências para as pessoas e os sistemas de saúde serão catastróficas, a pandemia pode causar choques na economia, na política e no campo da segurança", disse ela à Sputnik.
Wells observou que o CICV precisa de ajuda da comunidade internacional.
"Precisamos de ajuda para equipar trabalhadores e estabelecimentos médicos a fim de isolar e oferecer tratamento aos doentes [...] Da mesma forma, precisamos que a população seja informada sobre as formas de propagação do vírus", afirmou.
A representante da Cruz Vermelha informou que o novo coronavírus alterou a operação dos sistemas de saúde nos países mais avançados do mundo.
"Em muitas regiões da África em que trabalhamos, faltam até itens básicos de saúde e, é claro, não há possibilidades de terapia intensiva", acrescentou a porta-voz.
Segundo os dados mais recentes da União Africana, o número de pessoas infectadas pelo coronavírus no continente excedeu 10 mil, das quais 487 pessoas morreram. Foram detectados casos de infecção em 52 países africanos, no total de 54, e o número de recuperados atingiu 913.
Desde 11 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) descreve a COVID-19, detectada pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan no final de 2019, como uma pandemia.
Em todo o mundo, mais de 1,4 milhão de casos de infecção pelo novo patógeno foram detectados até o momento, incluindo mais de 81 mil mortes e mais de 298 mil pacientes recuperados.