O diplomata alertou que certos setores de seu país espalham "notícias falsas" sobre a epidemia da COVID-19 para desacreditar o governo.
"Alguns setores aproveitaram esse infortúnio humanitário que atinge não apenas o Equador, mas todo o mundo, para realizar campanhas de desinformação com o único objetivo de desacreditar as ações do governo, com fins políticos, sem hesitação em distorcer a realidade disseminando notícias falsas", disse o embaixador.
Prado destacou que o objetivo das fake news seria transmitir uma imagem dramática e caótica e "não é o que está acontecendo no Equador no momento".
Para o representante equatoriano em Moscou, as notícias falsas afetariam as camadas mais vulneráveis e não ajudam o país a superar a crise.
"Esses ataques constantes de notícias falsas, como os sofrido por Equador, procuram desencadear uma histeria coletiva com efeitos sociais dramáticos", enfatizou o embaixador.
O chefe da missão diplomática equatoriana em Moscou informou que o Executivo de seu país criou uma Força-Tarefa Conjunta, composta por várias instituições, para facilitar a remoção dos mortos das casas e hospitais de Guayaquil.
Prado enfatizou que em seu país não há valas comuns para as vítimas do coronavírus.
"Estão sendo destacados terrenos para enterros individuais. O Ministério da Saúde, Registro Civil e Previdência Social coordenam as ações para que os parentes de falecidos pela COVID-19 possam realizar os tramites on-line e, a partir de hoje, será publicado um site, onde as famílias poderão verificar o local onde seus parentes estão enterrados simplesmente digitando o número da identidade e o nome", explicou Espinosa.
Nas redes sociais têm circulado relatos de longos atrasos no recolhimento de corpos dos mortos, especialmente em Guaiaquil, em função da pandemia.
O presidente Lenín Moreno criticou os vídeos que circulam nas redes sociais, classificando as imagens de falsas.
Um deles mostra as imagens de um suposto morto que foi queimado na rua, quando na verdade os moradores de um setor de Guaiaquil queimaram pneus para atrair a atenção das autoridades para a remoção de corpos.
O Equador registrou até terça-feira, 7 de abril, 220 mortes confirmadas por COVID-19 e 182 outras mortes prováveis, de acordo com o balanço do Ministério da Saúde. O número oficial de infectados era de 3.995.