À medida que o vírus se espalha pelo país a partir de seu epicentro em São Paulo, o Brasil está destacando as enormes discrepâncias nos serviços de saúde.
Manaus, uma cidade de dois milhões de habitantes no coração da floresta amazônica e capital do Amazonas, foi particularmente atingida, com 800 casos confirmados. O estado como um todo teve 40 mortes em cerca de 900 casos confirmados.
Manaus é a única cidade do estado com unidades de terapia intensiva (UTI).
Rosemary Pinto, chefe do sistema estadual de saúde, pediu que as pessoas seguissem ordens de distanciamento social destinadas a encerrar todas as atividades, exceto as essenciais.
"Ainda há muita gente nas ruas", disse ela em entrevista coletiva, informa a agência de notícias Reuters.
A crise levou o governador do estado a substituir seu secretário de saúde na quarta-feira.
Especialistas em saúde e antropólogos também alertaram para o perigo da pandemia dizimar os 850 mil indígenas do Brasil devido ao sistema imunológico mais fraco e o modelo de vida comunitário destes grupos.