Observações conduzidas nos últimos dias indicam que o cometa pode estar em perigo em sua jornada em direção ao Sol, contrariando expectativas de que seria visível a olho nu no Hemisfério Norte na segunda metade de maio.
"[O C/2019 Y4] brilhou rapidamente até meados de abril e demonstrou que talvez pudesse até mesmo ser visível a olho nu em maio. No entanto, seu brilho parou e começou a enfraquecer lentamente", afirma à Newsweek Terry Levejoy, um conhecido astrônomo amador que descobriu seis cometas.
"A aparência em torno do núcleo do cometa também mudou, e sugere que o núcleo - seu centro sólido - pode ou está em processo de fragmentação, se desativando ou até mesmo se desintegrando. Futuras observações serão necessárias para determinar a exata natureza do que está ocorrendo", afirma o astrônomo.
Comet C/2019 Y4 (ATLAS) should be brightening. But my last 3 observations show some fading, not a good sign. pic.twitter.com/tVXtmdkV3t
— Terry Lovejoy (@TerryLovejoy66) April 3, 2020
O cometa C/2019 Y4 (ATLAS) deveria estar brilhando, porém, minhas últimas três observações demonstram que está enfraquecendo, um sinal ruim
O cometa - ou o que sobrou dele - está atualmente na órbita de Marte, sua máxima proximidade à Terra deve ocorrer em 23 de maio, enquanto em 31 do mesmo mês se aproximará do Sol.
O objeto foi descoberto pelo Sistema de Último Alerta de Impactos Terrestres de Asteroides (ATLAS, na sigla em inglês), sistema robótico de levantamento astronômico baseado no Havaí, apoiado pela NASA para detectar cometas e asteroides se aproximando da Terra.
"Cometas são construções frágeis feitas principalmente de gelo e poeira, alguns são conhecidos por se quebrarem e se despedaçarem próximo ao Sol", disse Yeomans à publicação Newsweek.