Senado dos EUA avisa para parar de usar Zoom em meio a preocupações de privacidade

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O aviso, que não proíbe o aplicativo, mas aconselha reuniões através de uma plataforma alternativa, vem em meio às questões de privacidade e segurança do Zoom serem cada vez mais analisadas no Senado dos EUA.

O Senado dos Estados Unidos aconselhou seus membros a evitar a utilização do popular aplicativo de videoconferência Zoom, informa o Financial Times citando fontes conhecedoras do aviso.

O Senado teria dito aos seus membros para procurarem uma plataforma alternativa, sem chegar ao ponto de banir o aplicativo.

O Zoom viu sua popularidade explodir nas últimas semanas, uma vez que empresas, indivíduos e instituições públicas estão movendo suas comunicações para a rede devido às regras de distanciamento social nascidas da crise do coronavírus.

No entanto, o crescente apelo aos utilizadores e a falta de encriptação de ponta a ponta das sessões de reuniões levou também a que intrusos invadissem as videochamadas públicas e privadas com obscenidades e assédio.

Este problema, apelidado de "bombardeamento no Zoom", levou o Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) a emitir um aviso de que hackear conferências virtuais pode ser punido com pena de prisão.

O Zoom admitiu também, na semana passada, que tinha algumas das chamadas "erradamente" encaminhadas através de servidores na China para fazer face ao forte aumento do tráfego.

"Apreciamos termos vários funcionários que nos contataram sobre estas questões, e aguardamos com expectativa a oportunidade de colaborar com eles", disse um porta-voz da organização.

Embora a empresa tenha afirmado ter resolvido a questão, a declaração agravou as preocupações com a privacidade dos dados nos Estados Unidos, que já existem devido à guerra comercial com Pequim e à saga da Huawei.

Avalanche anti-Zoom

Os governos da Alemanha, Taiwan e Nova York passaram a proibir ou restringir o uso do programa para necessidades oficiais, e várias empresas norte-americanas como a Google, a NASA e a SpaceX seguiram o exemplo.

Entretanto, um grupo de legisladores democratas de ambas as câmaras do Congresso instou também os reguladores da Comissão Federal do Comércio a investigarem a empresa por eventuais lapsos de privacidade e segurança.

Com os perigos legais à espreita, as ações da Zoom perderam um quarto de seu valor nas últimas duas semanas, passando do seu máximo histórico de US$ 159,26 (R$ 807) em 23 de março para US$ 116,27 (R$ 589,12) na quinta-feira (9), às 12h06, na hora de Greenwich (8h06, hora de Brasília).

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