Além das ferramentas tradicionais, como cortes nas taxas de juros, os bancos centrais devem tomar medidas não convencionais para evitar as consequências permanentes de um choque negativo, transitório, mas potencialmente sério, diz o documento obtido pela agência de notícias Reuters.
O relatório sustenta que o Produto Interno Bruto da região sofrerá reduções significativas em 2020, entre 1,8% em um cenário moderado e 5,5% no extremo, devido ao impacto da pandemia.
Segundo o BID, os danos econômicos continuarão nos próximos dois anos, a menos que os governos dos 26 países da região implementem programas focados para compensar os impactos. O relatório afirmou que a região será bastante afetada em termos de redução do PIB.
O BID argumenta que os principais objetivos das políticas macroeconômicas durante a pandemia devem ser a compensação dos trabalhadores, especialmente os mais vulneráveis, para ajudar as empresas a manter empregos e apoiar os bancos na realização de operações que ajudem a economia.
"Nossa região sofrerá um choque econômico de proporções históricas", disse Eric Parrado, economista-chefe do BID, em comunicado distribuído à imprensa. "Os países devem salvar vidas, garantir distância social e fornecer recursos adequados para seus setores de saúde. Intervenções econômicas complementares e temporárias podem apoiar a economia durante quarentenas parciais e organizadas".