Conforme levantamento compilado pelo jornal O Estado de S. Paulo, o Brasil levou 17 dias para registrar oficialmente os primeiros 100 casos da doença, entre 26 de fevereiro e 14 de março. Uma semana depois, o número subiu 10 vezes, mesmo crescimento nas duas semanas seguintes.
O país já tem mais de 15 mil casos confirmados do novo coronavírus, aproximando-se ainda das mil mortes. Se mantida a média de crescimento dos casos, serão 100 mil pessoas infectadas antes do fim deste mês, quando estima-se que a COVID-19 atinja o seu pico.
A publicação lembra que a capacidade de testagem do governo terá papel importante no ritmo do avanço dos números oficiais. Contudo, pela falta de insumos e de testes, a demanda que não está sendo atendida é grande – a reportagem menciona que é possível que o Brasil já tenha hoje mais de 100 mil casos, mas isso não seria oficial justamente pela falta de testes.
O Ministério da Saúde mantém a política de isolamento social como fundamental para o combate ao novo coronavírus. O afrouxamento da quarentena visto nesta semana em algumas capitais preocupa as autoridades, justamente com a aproximação da época considerada mais perigosa da doença.
Citando dados do governo estadual, o jornal cita que o número de mortes em São Paulo – estado mais atingido pela COVID-19 – pode chegar a 277 mil pessoas, caso as medidas de restrição não sejam respeitadas. Já em caso de manutenção do confinamento, o número de vítimas estimado é bem menor: 111 mil pessoas.