A crise causada pela COVID-19 "traz o melhor e o pior das pessoas", prosseguiu Steinmeier em um raro discurso na televisão.
"Não, essa pandemia não é uma guerra. As nações não se opõem a outras nações, soldados contra outros soldados. É um teste à nossa humanidade", afirmou Steinmeier.
No mês passado, o presidente francês Emmanuel Macron havia descrito que a luta contra o vírus era uma "guerra".
"Vamos mostrar o melhor de outras pessoas em nós. E por favor, mostrá-lo também em toda a Europa", insistiu o presidente alemão, dizendo que o país não seria capaz de sair saudável e forte da pandemia, a menos que o resto da Europa pudesse fazer o mesmo.
"Nós, alemães, não somos apenas chamados a mostrar solidariedade na Europa, somos obrigados a fazê-lo!", insistiu.
O número de mortes por coronavírus na Alemanha é de mais de 2.700, com o país se saindo relativamente bem em comparação com alguns de seus vizinhos europeus, apesar de não trazer regras impositivas para manter as pessoas confinadas em suas casas.
Steinmeier declarou que a solidariedade internacional deve trazer uma aliança global para procurar uma vacina para a COVID-19. E que "os países mais pobres do mundo, os mais vulneráveis, deveriam ter acesso igual" a qualquer tratamento desse tipo.
Ele prestou ainda homenagem aos "pilares invisíveis" da sociedade alemã, como caixas de supermercados, motoristas de ônibus e caminhões, padeiros, fazendeiros e coletores de lixo.