Mandetta e o presidente foram hoje ao primeiro hospital de campanha do governo federal para atender pacientes com a COVID-19, que está em construção em Águas Lindas, em Goiás, a cerca de 50 quilômetros de Brasília.
Após a visita, Bolsonaro saiu do local e caminhou pelo entorno, onde conversou e cumprimentou apoiadores que se reuniam para vê-lo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o isolamento e distanciamento social da população para evitar a disseminação do novo coronavírus.
Ao ser perguntado sobre a atitude do presidente, Mandetta respondeu que o distanciamento deveria ser cumprido por todos, mas ressaltou que não iria julgar o comportamento de Bolsonaro. Além disso, o ministro afirmou que estava incomodado com a presença da imprensa no local.
'Eu não julgo ninguém'
"Eu posso no máximo recomendar. Não posso fazer as coisas. Eu não julgo ninguém. Eu acredito no distanciamento. Estou extremamente desagradado por ter tanto microfone perto", disse Mandetta, segundo o jornal O Globo.
O hospital de campanha terá 200 leitos e atenderá pacientes de Goiás e do Distrito Federal. O segundo hospital de campanha do governo federal será construído em Manaus.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), participou do evento. Recentemente, ele criticou Bolsonaro por defender que a população deve voltar às ruas, apesar do próprio Ministério da Saúde pedir para os cidadãos respeitarem a quarentena adotada pela maioria dos estados e prefeituras do país.
Caiado entrega álcool em gel para Bolsonaro
Antes de cumprimentar o presidente, Caiado deu um tubo de álcool em gel para que Bolsonaro limpasse as mãos. O governador também usou o produto, segundo informações do portal UOL.
Essa não é a primeira vez que o presidente desrespeita as orientações do próprio governo para evitar aglomerações nos últimos dias. Na quinta-feira (9), ele visitou uma padaria, e ontem foi a uma drogaria.
Segundo boletim do Ministério da Saúde divulgado hoje, o Brasil registra 1.124 mortes e 20.727 casos da COVID-19.