Segundo o especialista, há fatores imprevistos em diferentes países que impedem fazer uma "previsão de quando a pandemia mundial atingirá seu ponto de viragem, embora acredite que ele ocorrerá em breve.
"Se a situação evoluir de acordo com o cenário atual, receio que demore mais duas semanas", disse Nanshan em entrevista ao Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista da China.
O médico explica que, ao contrário do que aconteceu durante a pandemia de 1918, agora as medidas do governo desempenham um papel muito importante e, se forem tomadas restrições severas, a COVID-19 entrará em declínio.
Segunda onda de coronavírus na China
Já em relação à probabilidade de uma segunda onda de surtos de coronavírus em grande escala na China devido a importações de outros países, Nanshan acredita que esta seja extremamente baixa.
Segundo o epidemiologista, existe de fato o risco de importação e propagação da infecção a partir da Europa, América e mesmo do Sudeste da América, onde a virulência da doença é muito elevada, especialmente nas pessoas infectadas com sintomas.
No entanto, Nanshan observou que, na China, as pessoas usam máscaras, mantêm distância ao se comunicar, além disso, se uma pessoa tem febre ou outros sintomas, eles relatam isso rapidamente e o paciente é isolado sem demora.
"Portanto, nessas condições, a probabilidade de um surto é extremamente baixa, é claro que existe um risco. Mas a probabilidade de um segundo surto em larga escala na China é extremamente baixa", enfatizou.
No total, mais de 83 mil pessoas foram infectadas na China até o momento, com registro de 3,3 mil mortes.