Novos sintomas de COVID-19 descobertos por neurologistas chineses

© Sputnik / Yevgeny BiyatovFrascos com reagentes para testes rápidos de coronavírus no laboratório do Parque Tecnológico de Skolkovo
Frascos com reagentes para testes rápidos de coronavírus no laboratório do Parque Tecnológico de Skolkovo - Sputnik Brasil
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Para além dos já amplamente divulgados sintomas de infecção pelo novo coronavírus, cientistas chineses descobriram três outros novos indícios da doença COVID-19, provocada pelo SARS-CoV-2.

Embora os principais sintomas da COVID-19, tais como tosse, febre e fadiga, estejam principalmente relacionados com o estado geral dos pacientes, médicos chineses em uma pesquisa – a primeira desde o início da pandemia sobre sintomas neurológicos da doença – descobriram que os infectados com o SARS-CoV-2 podem também manifestar problemas do foro neurológico.

Assim, de acordo com o estudo, publicado em 10 de abril no portal Jama Neurology, os doentes infectados também podem sofrer de problemas relacionados com o funcionamento do sistema nervoso, apuraram os pesquisadores, médicos da Universidade de Ciência e Tecnologia de Huazhong, na China.

Três tipos de sintomas

O estudo determinou que podem ocorrer sintomas neurológicos de três tipos em doentes com a COVID-19: primeiro, no sistema nervoso central (sob a forma de tonturas, alterações da consciência, convulsões, etc.); segundo, os relacionados com o sistema nervoso periférico (como alterações do paladar, do olfato ou da visão) e, por fim, os associados a lesões musculares.

Uma vez que mais de um terço dos contaminados apresenta perturbações neurológicas, esta descoberta possibilita identificar doentes de maior risco, permitindo igualmente que os hospitais fiquem menos propensos a diagnósticos errados ou atrasados de doentes que apresentem sintomas neurológicos destes três tipos.

"Durante o surto de COVID-19, ao examinar pacientes com manifestações neurológicas, os clínicos devem suspeitar estar perante uma infecção por SARS-CoV-2 para evitar um diagnóstico tardio ou incorreto e perder a oportunidade de tratar e prevenir uma contaminação posterior", adverte o estudo.

Segundo os últimos dados de 12 de abril da Universidade Johns Hopkins, a COVID-19 já ceifou 108.902 vidas em todo o mundo. O número de infectados é de 1.777.666 e o de recuperados 404.878.

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