Membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) chegaram a acordo no domingo, reduzindo a produção de petróleo em 9,7 milhões de barris diários durante maio e junho.
De acordo com o Ministério da Energia do Azerbaijão, a produção global de petróleo irá ser reduzida em 20 milhões de barris por dia, como resultado do acordo alcançado entre os países e aliados da OPEP+ e segundo os planos de muitos produtores fora da organização.
"O acordo, alcançado na 10ª reunião dos ministros da OPEP+ é histórico para os produtores de petróleo, os consumidores e para a economia global. Pela primeira vez, foi alcançada neste formato uma decisão de dois anos com cortes significativos de produção, que teve apoio global. Estas medidas da OPEP+ apoiam o mercado da energia de várias maneiras. Em primeiro lugar, todos os obstáculos à aplicação da decisão em relação aos cortes de produção serão removidos em 1 de maio", disse a porta-voz do Ministério da Energia do Azerbaijão, Zamina Aliyeva.
"Em segundo lugar, a importância desta decisão não se limita ao corte de 9,7 milhões de barris por dia entre os países da OPEP+ em maio-junho. A Arábia Saudita, o Kuwait e os Emirados Árabes Unidos não irão produzir 2,7 milhões de barris por dia, previstos para o mês de abril," afirmou Aliyeva.
A porta-voz também salientou que os Estados Unidos, Canadá, Noruega e Brasil irão reduzir voluntariamente a sua produção em 4-5 milhões de barris diários devido ao acordo.
O recém-alcançado acordo estipula um corte de 9,7 milhões de barris por dia durante os meses de maio e junho deste ano. Depois disso, a produção será reduzida em 7,7 milhões de barris por dia durante seis meses. A partir de janeiro de 2021 até abril de 2022 a produção petrolífera terá um corte de 5,8 milhões de barris diários.
A decisão foi confirmada neste domingo (12) pelo ministro da Energia do México, Rocio Nahlem, que anunciou que a diminuição começará em maio. O México havia bloqueado um acordo anterior para estabelecer a diminuição da extração de petróleo.