Zhang Wenhong, diretor do departamento de doenças infecciosas do Hospital Huashan, em Xangai, afirmou ao portal de notícias Caixin que a presente pandemia só será debelada daqui a alguns meses.
Nova onda
O médico alertou para o fato de uma segunda onda da doença COVID-19, provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, poder começar dentro de meio ano.
Porém, graças à experiência até agora acumulada, sobretudo no campo do diagnóstico, o especialista prevê que este segundo surto da doença não seja tão grave quanto o atual.
Zhang referiu ainda que a Europa e os Estados Unidos estão prestes a atingir seu pico e a achatar a curva em termos de infecções, mas alerta "que os surtos só agora começaram em outras partes do mundo. Levando isso em consideração, a pandemia poderia ser contida em três ou quatro meses".
"A nova onda pode começar no final do outono. Um novo surto da pandemia internacional é muito provável", acrescentou o especialista.
Pandemia em números
Zhang destaca ainda o fato de novos surtos estarem ocorrendo em países com recursos médicos insuficientes e com economias pouco desenvolvidas, sobretudo na África, América do Sul e Índia. Para o especialista, estas circunstâncias trazem incertezas à luta global contra a pandemia.
O número total de pessoas infectadas com SARS-CoV-2 no mundo atingiu 1.934.583 e o de mortes 120.883, de acordo com os últimos dados divulgados hoje (14) pela Universidade Johns Hopkins.
Na América Latina, o Brasil continua a ser o país com maior número de infecções, com 23.723 casos confirmados, seguido pelo Peru, Equador e Chile.