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PGR pede ao STF que investigue Weintraub por suposto crime de racismo contra China

© Folhapress / Aloisio Mauricio /FotoarenaO ministro da Educação, Abraham Weintraub, participa do 21º Fórum Nacional Ensino Superior, na zona sul de São Paulo (foto de arquivo)
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, participa do 21º Fórum Nacional Ensino Superior, na zona sul de São Paulo (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (14) para abrir um inquérito de investigação para apurar suposto crime de racismo contra chineses cometido pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub.

O pedido foi feito pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, a partir de representações protocoladas contra Weintraub pelo PSOL e por um cidadão comum.

Medeiros viu indícios de racismo em uma postagem feita por Weintraub e solicita abertura de inquérito para que haja diligências e explicações por parte do ministro. As informações foram publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo.

No início do mês, Weintraub insinuou que a China poderia se beneficiar, propositalmente, da crise mundial causada pela COVID-19.

O ministro apagou o texto depois da repercussão negativa. Weintraub usou o personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, e trocou a letra "r" por "l", fazendo piada com o sotaque que muitos chineses têm ao falar português.

"Geopoliticamente, quem podeLá saiL foLtalecido, em teLmos Lelativos, dessa cLise mundial? PodeLia seL o Cebolinha? Quem são os aliados no BLasil do plano infalível do Cebolinha paLa dominaL o mundo? SeLia o Cascão ou há mais amiguinhos?", escreveu o ministro.

Segundo a legislação brasileira, praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, tem pena prevista de 1 a 3 anos de prisão e multa.

Na época, a embaixada chinesa no Brasil, divulgou uma resposta repudiando a fala do ministro e cobrou uma declaração oficial do governo sobre a fala de Weintraub.

Em março, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, escreveu que a "culpa" pela pandemia de COVID-19 era da China.

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