"Finalmente chegou o momento da despedida. Ontem tive reunião com o ministro e sua saída está programada para as próximas horas ou dias", disse o funcionário, segundo publicado pela coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Oliveira afirmou ainda que a demissão poderia até mesmo ocorrer por meio de um anúncio pelo Twitter.
"Infelizmente não temos como precisar o momento exato. Pode ser um anúncio respeitoso diretamente para ele ou pode ser um Twitter. Só Deus para entender o que o querem fazer", escreveu em uma carta.
Desde o início da crise do novo coronavírus no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro vem criticando medidas adotadas pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Enquanto a pasta recomenda a quarentena da população para evitar a disseminação do vírus, seguindo orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o presidente defende o isolamento vertical, que abrange apenas idosos e grupos de risco para a COVID-19.
A demissão de Mandetta chegou a ser noticiada pela mídia como iminente, mas a cúpula militar do governo teria agido para evitar sua saída.
Em entrevista para a Jovem Pan, Bolsonaro chegou a dizer que ele e Mandetta estavam "se bicando" e que faltava "humildade" ao ministro.
'Gestão do Mandetta acabou'
O chefe da pasta, por sua vez, criticou a postura de Bolsonaro, que por várias vezes se reuniu com apoiadores nas ruas, em entrevista para o programa Fantástico, afirmando que a população não sabia se escutava o "presidente" ou o "ministro".
Em sua carta, secretário de vigilância disse ainda que se o ministro sair, ele também deixará seu cargo.
"De qualquer forma, a gestão do Mandetta acabou e preciso me preparar para sair junto, pois esse é um cargo eletivo e só estou nele por decisão do Mandetta", afirmou.
No entanto, segundo ele, parte da equipe ficaria em seus postos.
"A maioria da equipe vai permanecer e darão continuidade ao trabalho de excelência que sempre fizeram e para isso não precisam mais de mim", disse.