Microbiólogos e especialistas em tecidos explicaram em 14 de abril ao jornal russo Izvestia quais as roupas mais adequadas contra o novo coronavírus e que medidas tomar em relação à higiene capilar.
Assim, "é a espessura de um tecido que define em grande parte sua capacidade de reter partículas virais. Quanto maior a espessura e menor a porosidade, menos permeável é o tecido", assegura Irina Rybaulina, diretora do departamento de artes decorativas e têxteis da Universidade Estatal da Rússia A.N. Kosygin.
Roupas com a espessura recomendável terão de ser confeccionadas a partir de tecidos gabardine, tweed e cetim. De acordo com este parâmetro, a camisa social não é a melhor aliada face à pandemia.
Para além disso, a capacidade de um tecido para parar o vírus também depende da rugosidade do fio e sua uniformidade, que é específica para roupas feitas de veludo, tecido felpudo, veludo e camurça artificial, acrescentou Rybaulina.
A especialista alertou para o fato de as partículas de vírus poderem depositar-se em botões e zíperes, pelo que é recomendável o uso de roupas sem esses itens ou a desinfecção dos mesmos.
Vale recordar que estudos científicos têm demonstrado que o novo coronavírus pode permanecer vivo por até quatro horas em cobre e até três dias em aço inoxidável e plástico.
Cabelos
Todas estas regras também se aplicam ao cabelo e aos acessórios capilares.
"Teoricamente, se o cabelo contaminado entrar em contato com um olho ou boca, ele pode causar a doença [...] No entanto, ainda não há evidências diretas de que o vírus possa passar dos cabelos para as mãos e destas para as mucosas", observou Oleg Batischev, professor associado do departamento de biofísica do Instituto de Física e Tecnologia de Moscou.
No entanto, como as bactérias e partículas virais podem se fixar aos cabelos, eles precisam ser lavados diariamente, dado o xampu conter surfactantes, moléculas que se unem à sujeira, óleo, bactérias e vírus, sendo conjuntamente eliminadas pela água, aconselhou o especialista.