Na quarta-feira (15 de abril), 11 embarcações iranianas da Marinha do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) realizaram "aproximações perigosas e assediadoras" a vários navios norte-americanos que estavam envolvidos em exercícios no norte do golfo Pérsico, de acordo com um comunicado do Comando Central das Forças Navais dos EUA no Bahrein.
"Os barcos do IRGC passaram repetidamente pelas proas e popas dos navios americanos a uma distância extremamente próxima e em alta velocidade", diz a declaração, observando que alguns passaram a 50 metros da proa do navio móvel expedicionário USS Lewis B. Puller e a 10 metros do USCGC Maui, navio-patrulha da Guarda Costeira dos EUA da classe Island.
Os outros navios norte-americanos eram o destróier de mísseis guiados USS Paul Hamilton, os navios-patrulha USS Firebolt e USS Sirocco e o USCGC Wrangell, da Guarda Costeira. A Marinha observa que estes navios participavam de operações em águas internacionais com helicópteros de ataque AH-64E Apache do Exército dos EUA.
De acordo com a Marinha dos EUA, as tripulações destes navios emitiram múltiplos avisos por rádio, acionaram as buzinas dos navios e os ruídos acústicos de longo alcance, tendo levado cerca de uma hora para os barcos iranianos reconhecerem os avisos.
"As ações perigosas e provocatórias do IRGC aumentaram o risco de erro de cálculo e colisão, não estavam de acordo com a Convenção sobre o Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar (COLREG), as regras e práticas marítimas reconhecidas internacionalmente, nem de acordo com a obrigação, nos termos do direito internacional, de agir com o devido respeito à segurança de outras embarcações na área", disse a Marinha.
Tensões continuam
Os EUA conduzem operações militares no golfo Pérsico desde o final de março, tendo o navio de assalto anfíbio USS Bataan e seu grupo de ataque chegado à hidrovia no início de abril.
O golfo Pérsico virou uma área de risco internacional, pois está situado entre os rivais regionais Irã e Arábia Saudita, este último aliado dos EUA, e por grande parte do comércio marítimo mundial de petróleo passar pela hidrovia.