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COVID-19 reduz renda de 77% dos mais pobres e dos 26% dos mais ricos no Brasil, diz pesquisa

© Folhapress / Paulo Paiva/AgifEntregador de aplicativo de fast food é visto circulando pela avenida Caxanga no bairro da Iputinga, na zona central da cidade de Recife (PE), neste domingo (22).
Entregador de aplicativo de fast food é visto circulando pela avenida Caxanga no bairro da Iputinga, na zona central da cidade de Recife (PE), neste domingo (22). - Sputnik Brasil
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Uma pesquisa feita pelo DataPoder360 divulgada neste sábado (18) mostrou que 77% das pessoas que não possuem salário fixo ou que estão desempregadas tiveram renda reduzida como resultado da crise econômica causada pela pandemia da COVID-19.

Segundo a publicação, os dados mostram que quanto mais baixa a inserção econômica do entrevistado, maior tem sido o impacto na sua renda durante a pandemia.

Somente 15% dos desempregados e sem salário fixo disseram não ter tido a renda prejudicada e 8% não souberam responder.

Já entre os mais ricos, 26% das pessoas que recebem mais de dez salários mínimos (equivalente a R$ 10.450) afirmaram que sofreram impacto econômico por causa da pandemia e 71% disseram estar mantendo suas receitas inalteradas neste período e 4% não souberam responder.

No levantamento nacional, foram entrevistadas 2.500 pessoas de 512 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o intervalo de confiança é de 95%.

Ao todo, a pesquisa mostra que 63% dos brasileiros tiveram o salário ou a fonte de renda prejudicada, 31% não tiveram e 6% não souberam responder.

Home Office é mais presente entre mais ricos

Outro aspecto monitorado pela pesquisa são possíveis alterações na rotina de trabalho do brasileiro. Segundo o levantamento, os mais ricos foram os que tiveram uma mudança maior e mais adequada às orientações contra a COVID-19.

De acordo com os dados, 80% entre os brasileiros que recebem de cinco a dez salários mínimos e 70% dos que recebem mais de dez salários mínimos puderam trabalhar em casa durante o período de quarentena.

Entre a parcela da população com renda menor, o percentual dos que mudaram a rotina de trabalho cai para 36%, ante 43% dos que disseram não ter passado a trabalhar em home office.

Pessoas nas faixas médias de renda também tiveram menos mudanças na forma de trabalhar. Entre os que recebem até dois salários mínimos, 53% mudaram a rotina e entre os que recebem de dois a cinco salários, foram 56%.

No total, 40% dos brasileiros disseram ter passado a trabalhar em casa, 46% disseram não ter tido a rotina alterada.

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