Maduro: eleições parlamentares não são prioridade em ano de pandemia

© REUTERS / Miraflores PalacePresidente venezuelano Nicolás Maduro usando máscara facial protetora durante reunião no Palácio Miraflores em Caracas, Venezuela, 13 de março de 2020
Presidente venezuelano Nicolás Maduro usando máscara facial protetora durante reunião no Palácio Miraflores em Caracas, Venezuela, 13 de março de 2020 - Sputnik Brasil
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse não saber se as eleições para a Assembléia Nacional, marcadas para dezembro, serão realizadas.

O chefe de Estado declarou que o combate à pandemia de COVID-19 está sendo o foco principal do seu governo.

"Não sei se haverá eleições este ano porque temos essa prioridade (COVID-19). Hoje seria irresponsável dizer se as eleições serão realizadas", afirmou Maduro em entrevista à emissora argentina AM 750.

Durante a entrevista, o presidente lembrou que, diante da pandemia, o país não pode se distrair do principal, que seria "a saúde do povo", e repudiou os ataques dos Estados Unidos contra sua nação.

Na Venezuela, disse o chefe de Estado, 85% da população está em quarentena desde o seu decreto em todo o território nacional.

Até o momento, Venezuela registrou 227 infecções por COVID-19, com 117 pessoas que se recuperaram da doença e nove mortes.

O presidente venezuelano também reiterou que está pronto para dialogar com setores que se opõem ao seu governo, dentro e fora do país, com o objetivo de buscar um acordo humanitário diante da pandemia.

"Eu confirmo aos atores políticos nacionais, eu confirmo aos atores políticos internacionais, toda a nossa vontade de avançar em direção a acordos humanitários para aliviar a pandemia na Venezuela e no mundo", disse o chefe de Estado.

O político enfatizou ter recebido apoio da China e da Rússia, bem como de diferentes agências da Organização das Nações Unidas, em tempos de crise.

"A Venezuela está preparada para coordenar e receber apoio de todos os países e governos que assim decidirem no mundo, com base em um acordo humanitário", acrescentou.

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