O chefe de Estado declarou que o combate à pandemia de COVID-19 está sendo o foco principal do seu governo.
"Não sei se haverá eleições este ano porque temos essa prioridade (COVID-19). Hoje seria irresponsável dizer se as eleições serão realizadas", afirmou Maduro em entrevista à emissora argentina AM 750.
Durante a entrevista, o presidente lembrou que, diante da pandemia, o país não pode se distrair do principal, que seria "a saúde do povo", e repudiou os ataques dos Estados Unidos contra sua nação.
Na Venezuela, disse o chefe de Estado, 85% da população está em quarentena desde o seu decreto em todo o território nacional.
Até o momento, Venezuela registrou 227 infecções por COVID-19, com 117 pessoas que se recuperaram da doença e nove mortes.
O presidente venezuelano também reiterou que está pronto para dialogar com setores que se opõem ao seu governo, dentro e fora do país, com o objetivo de buscar um acordo humanitário diante da pandemia.
"Eu confirmo aos atores políticos nacionais, eu confirmo aos atores políticos internacionais, toda a nossa vontade de avançar em direção a acordos humanitários para aliviar a pandemia na Venezuela e no mundo", disse o chefe de Estado.
O político enfatizou ter recebido apoio da China e da Rússia, bem como de diferentes agências da Organização das Nações Unidas, em tempos de crise.
"A Venezuela está preparada para coordenar e receber apoio de todos os países e governos que assim decidirem no mundo, com base em um acordo humanitário", acrescentou.