O ato de falar acaba por gerar gotículas de fluídos que variam de tamanho e são capazes de carregar vírus.
Contudo, o tempo de permanência de tais gotículas no ar pode variar de acordo com seu tamanho, sendo as menores propensas a permanecer no ar por maior tempo do que as maiores, segundo cientistas americanos expuseram em estudo publicado na revista científica The New England Journal of Medicine.
Para compreender o fenômeno visualmente os cientistas decidiram registrar as gotículas usando laser de cor verde em um ambiente escuro.
No experimento, um homem inicialmente disse "tenha saúde" sem máscara durante algumas vezes. À medida que o homem falava, as gotículas ganhavam cor verde e se espalhavam pelo ambiente.
Contudo, usando uma máscara, o homem repetiu as mesmas palavras, mas as gotículas já não eram mais vistas, dando a entender o quanto as máscaras podem ser eficientes no combate à propagação de vírus.
O experimento foi mostrado no vídeo abaixo publicado no YouTube.
'Quanto mais alta a voz, mais gotículas'
Ainda de acordo com os cientistas, há uma relação entre o volume da voz e a quantidade de gotículas saindo da boca.
"Descobrimos que o número de flashes [de luz verde] aumentava com o volume da fala. Esta descoberta foi consistente com as observações anteriores de outros pesquisadores. Em um estudo, as gotas emitidas durante a fala foram menores que as emitidas durante a tosse ou espirro", escreveram os cientistas.
Porém, outros estudos também mostrariam que as quantidades de gotículas espalhadas durante a fala e a tosse seriam semelhantes, segundo os pesquisadores.
Apesar do experimento, não era do intuito dos autores verificar a relação entre a saída das gotículas da boca durante a fala e a transmissão de vírus.