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Medicamento com nitazoxanida será testado em 50 pacientes com COVID-19 em São Paulo

© REUTERS / Christian HartmannFuncionários de laboratório trabalham com amostras de sangue para detectar infecção por coronavírus, França, 16 de abril de 2020 (foto de arquivo)
Funcionários de laboratório trabalham com amostras de sangue para detectar infecção por coronavírus, França, 16 de abril de 2020 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Um medicamento com nitazoxanida será testado a partir desta segunda-feira (20) em 50 pacientes em estágio inicial da COVID-19 internados em cinco hospitais de São Paulo.

Com a liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para pesquisas com a substância, um estudo, com investimento inicial de R$ 2 milhões, será realizado por um grupo de mais de 30 pesquisadores brasileiros. 

O mesmo princípio ativo está sendo usado em pesquisa feita pelo governo, de acordo com informações do ministro da Ciência e Tecnlologia, Marcos Pontes. O medicamento, que é um vermífugo, é comercialmente conhecido como Anitta. 

Se por um lado liberou as pesquisas, a Anvisa, temendo uma corrida às farmácias, incluiu o remédio na lista de substâncias controladas. 

A empresa Farmoquímica está desenvolvendo o projeto, que em sua primeira fase deve durar pelo menos três semanas. 

Caso os resultados forem positivos, o medicamento será testado pelos pesquisadores em cerca de 400 pacientes. 

"A gente ainda não sabe quais os efeitos colaterais em pacientes com COVID-19, porque é uma doença nova. Estamos trabalhando um produto diferente. Queremos descobrir se ela é capaz de inibir o vírus em um indivíduo doente", disse Vinícius Blum, médico da Farmoquímica, em entrevista  para o portal UOL. 

'Otimismo é grande'

A nitazoxanida tem resultado eficaz no tratamento de doenças como influenza, ebola e outros vírus respiratórios.

A substância foi testada em quatro linhagens do coronavírus nos Estados Unidos, segundo os pesquisadores, diminuindo o tempo de recuperação em três dias nos pacientes que receberam doses diárias do remédio.

"Esse medicamento deve ser eficaz, porque os estudos mostram isso. O otimismo é grande. Mas isso não coloca ninguém para fora do hospital. Precisamos manter os pés no chão", afirmou Vinícius Blum.

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