Conforme relatado pela prefeitura em um comunicado, devido ao aumento de enterros, a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana adotou o sistema de "trincheiras" para vítimas da COVID-19, especificando que "a metodologia, já usada em outros países, preserva a identidade dos corpos e laços familiares, com a distância entre caixões e com a identificação de sepulturas".
Nesta semana, as autoridades locais já instalaram contêineres refrigerados no cemitério municipal para abrigar os caixões que aguardam o enterro.
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, disse à Sputnik Mundo na semana passada que os procedimentos para a cremação de corpos também estavam sendo acelerados. Ele expressou seu medo de que a cidade se tornasse uma nova Guayaquil, referindo-se à cidade equatoriana onde os cadáveres se acumularam nas ruas durante dias.
Manaus não é a cidade brasileira com mais casos do novo coronavírus, mas é uma das que possuem o sistema hospitalar menos equipado, pois possui um único hospital com uma unidade de terapia intensiva, apesar de ser uma metrópole com mais de 2,5 milhões de habitantes.
De acordo com o último balanço do Ministério da Saúde, divulgado em 20 de abril, o estado do Amazonas tem 2.160 infectados por COVID-19 e 185 pessoas morreram, embora os números reais sejam maiores devido à alta subnotificação devido à falta de testes.