De acordo com os dados da pesquisa, divulgados pela BBC Brasil, a maioria das trabalhadoras domésticas não está praticando o isolamento social, sendo dispensadas e ficando sem renda ou seguem trabalhando normalmente.
A parcela dos patrões que dispensaram os serviços de diaristas sem pagamento é maior entre as classes A e B (renda de pessoa por família superior a R$ 1.526), chegando a um percentual de 45%.
Com Estado 'ausente', favelas se organizam contra COVID-19, violência e desinformação
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 22, 2020
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Já a porcentagem de domésticas que continuaram trabalhando normalmente após o início da pandemia é de 23% entre os empregadores de diaristas e de 39% dos empregadores de mensalistas.
A pesquisa, que ainda será divulgada nesta semana, foi realizada pelo Instituto Locomotiva, entre os dias 14 e 15 de abril. O levantamento foi feito por telefone com 1.131 pessoas. A margem de erro é de 2,9%.
"Tem muita gente trabalhando, mesmo com todos os riscos. Claro que isso é preocupante, inclusive elas são muitas vezes a ponte da transmissão de vírus para a periferia", afirma o presidente do Instituto Locomotiva, citado pela publicaçao.
De acordo com ele, as diaristas são a representação mais fiel da fragilidade do trabalho eventual, sem garantias em períodos de crise.