Uma cura completa para a COVID-19 é bem possível, mas o que acontece com o vírus no corpo humano é um mistério, disse o alergologista e imunologista Vladimir Prokopenko.
Ainda não foi estudado se o vírus permanece no organismo de uma pessoa recuperada, relatou o médico em entrevista á Rádio Sputnik.
"É possível que a pessoa tenha adoecido e que, quando retiramos a amostra da nasofaringe para o teste, descobrimos que ela está curada. Entretanto, o vírus pode ter deixado a nasofaringe e permanecido nos pulmões ou em alguns outros órgãos, como acontece com outros vírus", assinala.
"Será mesmo assim? Essa é uma pergunta à qual ainda não podemos responder hoje, pelo menos não em menos que seis meses ou um ano", explicou Prokopenko.
A permanência de vírus no corpo de uma pessoa após uma doença pode nem sempre ser perigosa, comentou o imunologista à Rádio Sputnik. Ele especificou que ainda falta ver o que acontece com o coronavírus após a recuperação.
"Estes vírus podem ter várias formas de coabitação com o corpo humano. Eles podem se tornar vírus que vivem no corpo e não trazem doenças, como muitos, muitos outros vírus que causam infecção respiratória viral".
"Saber se este vírus se torna um dos coabitantes do corpo humano ou se deixa o corpo completamente e a cada novo golpe causa doenças, essas são questões que a ciência moderna da virologia e da imunologia enfrentam e serão discutidas. O nosso trabalho é dar as respostas", aponta Vladimir Prokopenko.