Na tarde desta quinta-feira (23), alguns órgãos de imprensa noticiaram que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, havia ameaçado se demitir do cargo depois de uma reunião com Bolsonaro. O motivo seria a decisão do presidente de trocar o diretor-geral da PF, o delegado Maurício Valeixo, indicado e braço-direito de Moro.
Em meio a especulações nos bastidores, parlamentares e membros do governo conversaram com o ministro e o chefe de Estado a fim de encontrar um meio-termo. Ainda durante a tarde, o deputado Capitão Augusto (PL-SP) disse que havia ouvido de Moro que a informação sobre sua saída não procedia e que ele teria confirmado uma reunião para a próxima semana.
Em conversa com o deputado Capitão Augusto (PL-SP), ministro Sergio Moro teria dito que informação sobre sua saída "não procede"
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 23, 2020
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Além do deputado, a assessoria de Moro e o ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto, também negaram a saída do ministro da Justiça.
Segundo o Valor, diante do posicionamento do chefe da pasta da Justiça, Bolsonaro aceitou segurar, por ora, a demissão de Valeixo, em troca da permanência de Moro, que, por sua vez, teria manifestado o desejo de participar da escolha do novo comandante da PF nos próximos meses.