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Comércio na quarentena: veja quais negócios agonizam e quais prosperam na crise

© Folhapress / Alessandro Buzas/Futura Press Comércio fechado na região de Botafogo no Rio de Janeiro (RJ), nesta sexta-feira (20), por conta do novo coronavírus.
 Comércio fechado na região de Botafogo no Rio de Janeiro (RJ), nesta sexta-feira (20), por conta do novo coronavírus. - Sputnik Brasil
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Com a quarentena, os brasileiros se viram forçados a aumentar suas atividades on-line, seja para compra, educação ou trabalho. Veja como alguns dos setores do comércio estão se saindo diante da crise da pandemia do coronavírus.

Com o isolamento social imposto pela maioria dos governos estaduais, os brasileiros estão realizando mais atividades on-line. Enquanto a quarentena impõe grandes dificuldades a muitos setores do comércio, outros conseguem se adaptar às circunstâncias e aproveitar os mecanismos virtuais para alavancar os negócios.

Companhias aéreas

Diante da necessidade de evitar deslocamentos, chegando até o fechamento de fronteiras entre diversos países do mundo, as companhias áreas foram fortemente afetadas com a crise da pandemia.

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a demanda por voos domésticos em março sofreu uma redução 32,9% em relação ao mesmo período de 2019.

© AP Photo / Rodrigo AbdAeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo
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Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo

Das companhias áreas brasileiras, a Gol Linhas Aéreas teve maior prejuízo, caindo 27,1%; em seguida, a Azul teve um prejuízo de 21,3%, enquanto a Latam teve redução de 19,5% na demanda.

A queda foi mais brusca ainda nos voos internacionais, que em março sofreram uma redução da procura em 42,4%, em comparação com o mesmo período em 2019. As companhias Latam, Gol e Azul foram as mais atingidas, com uma queda de 45,3%, 44,1% e 34,6%, respectivamente.

Indústria automotiva

O cenário provocado pela pandemia do coronavírus também é nebuloso para o setor automotivo, que parou completamente em março diante da quarentena.

De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), citada pelo G1, 64 das 65 fábricas de carros, caminhões, ônibus e máquinas agrícolas do Brasil, ficaram paradas com o avanço da pandemia, com a exceção da fábrica de máquinas de construção da Volvo em Pederneiras (SP), que se manteve ativa.

A perspectiva é que em 2020 o mercado de automóveis sofra uma queda de 23% em relação aos números de 2019 da Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave).

Comércio eletrônico

Por outro lado, diante da dependência das transações virtuais no período de isolamento social, o comércio eletrônico é um dos setores que consegue se destacar e passar ileso em meio à crise imposta pela pandemia da COVID-19.

De acordo com um estudo realizado pela empresa de pesquisa de mercado Compre&Confie, o faturamento do varejo através do comércio eletrônico foi de 33% no período de 24 de fevereiro até o fim de março.

​Com a mudança nos costumes de consumo, os meios eletrônicos passam a ser mais explorados pelas pessoas em detrimento do desejo de consumir comércio nas ruas, o que alavanca muitos varejistas, principalmente no segmento de roupas.

Em comparação com o mesmo período do ano passado, o comércio eletrônico cresceu 26,7%, vendendo R$ 20,4 bilhões durante o período da pandemia no Brasil.

Entregas delivery

O isolamento das pessoas em suas casas foi conveniente também para que os serviços de delivery de comida tenham ganhado um forte impulso nas últimas semanas.

Com a suspensão das aulas e o fechamento de boa parte do comércio, somado ao medo das pessoas saírem na rua, a startup colombiana Rappi, por exemplo, informou à Reuters que seus pedidos por aplicativo tiveram um aumento de cerca de 30% em toda a América Latina, comparando os dois primeros meses de 2020 com os dois últimos de 2019.

Os bares e restaurantes, por sua vez, apesar serem forçados a fecharem suas portas, buscam se adaptar à nova realidade e incrementar os serviços de delivery, fornecendo promoções, fidelizando clientes.

Resta saber se as vendas on-line destes estabelecimentos serão suficientes para compensar as perdas causadas pela falta de clientela em seus espaços físicos.

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