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Rumores na imprensa indicam que Moro teria pedido demissão após reunião com Bolsonaro

© Folhapress / Pedro Ladeira O presidente Jair Bolsonaro com o ministro da Justiça, Sergio Moro, em cerimônia em Brasília
 O presidente Jair Bolsonaro com o ministro da Justiça, Sergio Moro, em cerimônia em Brasília - Sputnik Brasil
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Segundo rumores na imprensa, o ministro da Justiça, Sergio Moro, teria pedido demissão a Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (23), após ser informado pelo presidente da decisão de trocar a diretoria-geral da Polícia Federal.

Segundo informações do site G1 e da Folha de S.Paulo, Jair Bolsonaro informou Sergio Moro, em reunião, que a mudança na PF, hoje comandada por Maurício Valeixo, deve ocorrer nos próximos dias. O ministro então teria pedido demissão do cargo.

A Globo afirma que Bolsonaro ainda busca reverter a decisão do ex-juiz da Lava Jato, tendo escalado para a tarefa os ministros Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).

Valeixo foi indicado ao cargo por Moro e considerado homem de confiança do ministro. Desde o ano passado, no entanto, Bolsonaro ameaça trocar o comando da PF para ter mais controle sobre a atuação da polícia.

No ano passado, Sergio Moro também ameaçou deixar o governo, conseguindo desse modo manter Valeixo no cargo. Na ocasião, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, foi a figura mais ativa no governo para acalmar os ânimos e garantir a permanência de Moro.

Segundo Valor Econômico, o ex-juiz da Lava Jato tem ponderado sobre sua saída do Ministério da Justiça e Segurança Pública há alguns meses. Durante reunião com Bolsonaro, Moro teria declarado que sua permanência depende diretamente da manutenção de Valeixo no comando da PF.

O desgaste entre Moro e Bolsonaro não é novo. No fim de março, o ex-juiz teria ficado "indignado" com o presidente por este ter quebrado um acordo com membros do governo de seguir em direção a um discurso comum sobre a pandemia. Em redes sociais, Moro defendeu o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que entrou em rota de colisão com o Planalto.

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