Apesar de pregar solidariedade, França se recusa a vender medicamentos para outros países da UE

© REUTERS / Christian HartmannFuncionários de laboratório da França analisam material colido de pessoas com suspeita da COVID-19
Funcionários de laboratório da França analisam material colido de pessoas com suspeita da COVID-19  - Sputnik Brasil
Nos siga no
França ampliou a lista de seus medicamentos sujeitos a restrição de exportação, ignorando apelo da Comissão Europeia e malgrado Macron ter pedido maior solidariedade e cooperação no seio da UE.

A França acaba de fazer exatamente o oposto do que a União Europeia havia solicitado, segundo escreve em 23 de abril o portal Den Multimedia.

Em 7 de abril, a Comissão Europeia enviou uma carta ao governo francês exortando-o a levantar as restrições à exportação de dezenas de medicamentos essenciais para tratar pacientes com coronavírus.

Contudo, em 21 de abril, ao invés de responder favoravelmente ao apelo, Paris ampliou significativamente a lista de medicamentos sujeitos a restrições, de acordo com uma carta enviada pelo regulador de medicamentos francês ANSM aos distribuidores farmacêuticos, indica a mídia.

© REUTERS / Christian HartmannFuncionários de laboratório trabalham com amostras de sangue para detectar infecção por coronavírus, França, 16 de abril de 2020 (foto de arquivo)
Apesar de pregar solidariedade, França se recusa a vender medicamentos para outros países da UE - Sputnik Brasil
Funcionários de laboratório trabalham com amostras de sangue para detectar infecção por coronavírus, França, 16 de abril de 2020 (foto de arquivo)

O rol diz respeito a antibióticos, analgésicos, sedativos e relaxantes musculares, mas também a insulina, mesmo com milhões de pessoas sofrendo de diabetes na Europa. Outros medicamentos mais específicos utilizados no tratamento da COVID-19, como o remdesivir ou a hidroxicloroquina, também foram incluídos.

A UE teme agora uma escassez destes medicamentos em vários outros países membros, mesmo que as restrições sejam aplicadas somente às empresas distribuidoras. Fabricantes como a Sanofi ainda têm o direito de exportar seus produtos.

Ação judicial contra a França?

Estas medidas tomadas por Paris vão contra o princípio do mercado único, baseado na livre circulação de mercadorias, um dos pilares da União Europeia. Segundo um porta-voz da Comissão Europeia, citado pelo portal, outros países europeus estão seguindo o mesmo caminho de restringir a exportação de medicamentos e de material sanitário, sem contudo especificar quais.

A Comissão Europeia, que se encontra em conversações com o governo gaulês visando a reversão das medidas que considera desproporcionais, não exclui avançar com uma ação judicial contra a França, caso as negociações não cheguem a bom porto, avança o portal.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала