A medida foi aprovada temporariamente, em caráter excepcional, e exige presença de profissionais capacitados nos estabelecimentos para realizar os testes, informou Agência Brasil.
Segundo o diretor-presidente do órgão, Antonio Barra Torres, a autorização de realização de testes em farmácias deve aumentar o acesso da população ao diagnóstico.
"Para essa medida tem sido adotadas estratégias não comumente utilizadas, como a testagem em estacionamentos, drive thru, entre outros. Entendeu-se, portanto, pela inclusão desse serviço em farmácias devidamente regularizadas. O aumento do rol de estabelecimentos de saúde realizadores de testes será uma estratégia útil na diminuição da aglomeração, bem como a diminuição pela procura de serviço médico em estabelecimentos da rede pública já altamente demandada", afirmou Barra ao ler seu voto sobre a questão.
Segundo o órgão, há pelo menos 33 kits de testagem regularizados na agência. É possível checar se esses produtos estão autorizados no site da Anvisa.
A medida perderá a validade automaticamente, assim que o Ministério da Saúde suspender o estado de situação de emergência em saúde pública de importância nacional.
A realização dos exames não servirá para a contagem oficial de casos do coronavírus no país. Em seu voto, Barra Torres, que foi o relator do processo, destacou ainda que o teste não terá efeito de confirmação do diagnóstico para o coronavírus, uma vez que há a possibilidade de o teste apontar o chamado "falso negativo" quando o paciente é testado ainda nos primeiros dias de sintomas.
A liberação dos testes rápidos em farmácias enfrentava resistências, devido a questões sanitárias e ligadas também à eficácia dos exames. Ao comentar a aprovação da realização dos testes em farmácias, Barra Torres lembrou que esses testes vem sendo feitos por determinação de alguns governos locais.