Com um diâmetro variando entre 1,8 km e 4 km, o asteroide 1998 OR2 tem chamado a atenção não só pelo seu tamanho, mas pela relativa curta distância de sua trajetória da Terra.
Hoje (29), por volta das 6h56 de Brasília, deverá passar a 6,29 milhões de quilômetros do Planeta Azul.
Embora a distância soe muito grande, os cientistas o consideram como um asteroide potencialmente perigoso, visto que cruzará a órbita da Terra.
Observando os céus
Contudo, a chance de colisão é mínima, o que não diminui o interesse da comunidade científica pelo corpo celeste, contou à Sputnik o diretor do Instituto de Astronomia da Academia de Ciências da Rússia, Boris Shustov.
"Cada corpo [celeste] que se aproxima é interessante para a ciência, [pois] não precisamos de o analisar à distância de milhões de quilômetros, ele vai estar perto, e obviamente haverá um programa de observação ótica e por rádio", contou Shustov.
Com a ajuda de radiotelescópios será possível determinar em milímetros por segundo a velocidade do asteroide, assim como sua aparência, observar sua superfície e estudar sua estrutura.
Asteroide 'fujão'
Ao falar sobre a origem de asteroides tão grandes como o 1998 OR2, Shustov declarou:
"Eles vêm do Cinturão de Asteroides devido ao fenômeno da ressonância com Júpiter."
O evento acontece quando as órbitas do planeta e dos asteroides entram em ressonância.
Um dos indícios de sua possível origem é o seu tamanho. Contudo, ainda é um mistério como o asteroide saiu do Cinturão de Asteroides, localizado entre as órbitas de Júpiter e Marte, e entrou na zona mais interior do Sistema Solar.