O objetivo é buscar formas de transformar a atual crise em um momento de aprendizado, somando a improvisação da COVID-19 com os planos do tempo da Guerra Fria, adormecidos há décadas.
"Os militares foram encarregados de muitas coisas nas últimas semanas", afirmou Camille Grand, secretária-geral adjunta para investimentos em Defesa da OTAN, em entrevista para o portal Defense News.
"O que isso nos revela em termos de planejamento de defesa, em termos de capacidades? Será útil colocar mais foco em capacidades que possam ser mais úteis em uma pandemia? Precisamos de algum planejamento associado com isto, coletivamente como aliança?", questiona.
A OTAN foi formada com o objetivo de superar a União Soviética em caso de uma guerra mundial, com planos detalhados de apoio pelas Forças Armadas das sociedades civis que possam estar à beira da destruição.
O coronavírus, parcialmente fortaleceu o interesse da Aliança nestes cenários.
Em 15 de abril, durante uma reunião virtual entre ministros da Defesa da OTAN, Jens Stoltenberg afirmou:
"De fato, está consagrado no Artigo 3 de nosso tratado que a resiliência nacional é uma responsabilidade da OTAN. Temos requisitos básicos, planos de resiliência nacional, incluindo a área da saúde e o tratamento de feridos em massa".
"Na mesa pairam questões tão diversas quanto a capacidade de tomar decisões vitais em condições das atuais restrições de distanciamento social, assim como incentivar os países membros a armazenarem equipamentos vitais", diz a secretária da OTAN.
Aparentemente, enquanto o passado da Aliança pode indicar ideias para aperfeiçoar os planos de contingência, a direção dos futuros investimentos nos setores militares permanece uma grande incógnita.