O especialista Frank Sieren, que vive em Hong Kong, explicou à Sputnik como o gigante asiático conseguiu superar de maneira rápida e eficaz o coronavírus.
Pequim obteve melhores resultados que o Ocidente devido à sua rápida reação e às suas particularidades como sociedade, tal como acontece com outras nações asiáticas, afirmou o especialista chinês.
"As sociedades asiáticas em conjunto possuem uma relação diferente entre o indivíduo e a comunidade. Há mais vontade de atuar com espírito comunitário. A Coreia do Sul, o Japão, a China, [...] todos possuem sistemas políticos diferentes, porém os resultados são similares, a própria população reagiu rapidamente, mostrando uma profunda compreensão das ações do Estado", analisou.
Ao recordar as acusações feitas pelos EUA contra a China, Frank Sieren considera que chamar o SARS-CoV-2 de "vírus chinês" pode ser parte de uma estratégia do país norte-americano para "desviar a atenção de suas próprias fraquezas" agora que as eleições se aproximam.
O especialista acrescentou que a denúncia apresentada pelo estado norte-americano de Missouri contra a China por esta ter "mentido" ao mundo sobre a COVID-19 provavelmente não surtirá efeito, lembrando que a crise econômica mundial que ocorreu em 2008-2009 surgiu nos EUA, mas ninguém propôs processar o país pelos danos.
China aprova testes clínicos de 2 vacinas experimentais contra coronavírus
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) April 14, 2020
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Além disso, as acusações de que o vírus teria sido criado em um laboratório próximo de Wuham foram desmentidas cientificamente ao ser comprovado que o vírus teve origem em morcegos, indica o analista.
Sieren afirma que o pior já passou na Ásia, que agora está retomando suas atividades pouco a pouco para seguir em frente, enquanto no Ocidente tudo dependerá das decisões políticas tomadas para que sua economia volte a funcionar.
"Parece que a China e a Ásia estão saindo fortalecidas política e economicamente, pois tiveram um período de quarentena muito mais curto e já estão lançando sua economia", concluiu Frank.
Ele acredita que este cenário também tem a ver com a concorrência constante entre sistemas liberais e sistemas autocráticos, pois o êxito da China e da Ásia faz com que a autoconfiança dos asiáticos saia fortalecida.