Segundo a empresa, o protocolo não contempla a evacuação da população que mora nas proximidades da barragem na Zona de Auto Salvamento (ZAS), informou Agência Brasil.
Em fevereiro de 2019, segundo a Vale, a ZAS foi evacuada após o acionamento do nível 2 do protocolo de emergência da barragem B3/B4, também da Mina Mar Azul, onde fica a montante, ou seja, em direção à nascente da barragem Taquaras.
O início do protocolo na barragem Taquaras de forma preventiva, segundo a empresa, reflete a etapa adicional de avaliação das estruturas da Vale após a implementação, em janeiro deste ano, da função de Engenheiro de Registro (EoR). A prática é recomendada pela Associação de Mineração do Canadá (MAC) e pelo Associação Canadense de Barragens (CDA).
A empresa afirma, desse modo, conferir "maior confiabilidade e qualidade ao processo de acompanhamento e revisão de segurança das barragens, que passa a ser contínuo".
"A decisão de mudança de nível está associada a identificação de anomalia no talude de montante da barragem observada durante inspeção de rotina. A barragem Taquaras teve sua Declaração de Condição de Estabilidade [DCE] emitida em 31 de março de 2020. Entretanto, a partir deste fato novo observado, a DCE se tornará negativa", informou a Vale.
A empresa acrescentou que, desde outubro de 2018, a Mina Mar Azul é um ativo que não faz parte da cadeia de produção da companhia. Portanto, a decisão não impacta a expectativa de produção de minério de ferro para 2020, de 310-330 milhões de toneladas.