O político oposicionista insistiu que a única maneira de alcançar um pacto político no país seria a saída do presidente, envolvido em uma crise política, agravada pela pandemia de coronavírus.
"Não há solução para a crise enquanto eles usurpam o poder", disse Guaidó em um vídeo destinado a Maduro, transmitido em suas redes sociais e citado pela AP.
Desde o ano passado, a Assembleia Nacional do país, com maioria da oposição, declarou que Maduro estaria "usurpando" a presidência, alegando que sua reeleição em 2018 foi fruto de uma "fraude eleitoral".
"Você decidiu esgotar suas opções e agora terá que se encarregar das consequências que isso implica", disse Guaidó, que também preside a Assembleia Nacional, ao recusar a proposta de um "cessar-fogo" entre governo e oposição, apresentada por Maduro esta semana em meio à pandemia.
No ano passado, Maduro enfrentou fortes tensões internas e pressão da comunidade internacional, particularmente dos Estados Unidos, que são aliados próximos de Guaidó, e conseguiu superá-las com apoio do alto comando militar e de governos da Rússia, China, Turquia e Cuba.
O líder da oposição insistiu que a saída da crise depende da formação de um "governo de emergência" do qual Maduro não participaria e da convocação de eleições presidenciais. Desde o ano passado, Guaidó vem promovendo a iniciativa do governo provisório, que não obteve muito apoio no país.