O comentário de Shamkhani também faz referência ao fracasso dos signatários europeus do Plano Conjunto de Ação Integral (JCPOA) em contornar as sanções dos EUA e em cumprir as suas obrigações no âmbito do acordo nuclear.
#JCPOA will die forever by circumventing 2231 Resolution & continuing #Iran's illegal weapons sanctions. Sanctions' virus is the US tool for survival of its declining hegemony. What will #EU do: Save dignity & support multilateralism or Accept humiliation & help unilateralism?
— علی شمخانی (@alishamkhani_ir) May 2, 2020
O JCPOA morrerá para sempre ao contornar a Resolução 2231 e ao continuar com as sanções ilegais contra o Irã relativas ao armamento. O vírus das sanções é o instrumento dos EUA para a sobrevivência da sua hegemonia em declínio. O que a UE irá fazer: salvar a dignidade e apoiar o multilateralismo ou aceitar a humilhação e ajudar o unilateralismo?
Washington intensificou recentemente seus esforços para tentar prolongar o embargo global à venda de armas a Teerã, apesar da falta de uma justificação legal para o fazer.
Na quinta-feira (30), o secretário de Estado americano Mike Pompeo sugeriu que os EUA tinham o poder de prorrogar a proibição de venda de armas convencionais ao Irã, nos termos da Resolução 2231, apesar de terem abandonado o acordo nuclear iraniano há dois anos.
O chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif exortou Pompeo a "deixar de sonhar" com a prorrogação do embargo, afirmando que os EUA não têm qualquer fundamento jurídico para o fazer.
Em maio de 2018, os EUA anularam unilateralmente os seus compromissos no acordo nuclear iraniano (assinado em 2015 pelo Irã e pelos países com assento no Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha) impondo ao Irã duras sanções bancárias e energéticas.
Frente ao fracasso dos signatários europeus do acordo em criar um pacote de medidas para atenuar o golpe econômico causado pelas ações americanas, o Irã renegou algumas das disposições do acordo nuclear, incluindo as limitações ao seu arsenal de urânio e ao seu enriquecimento.
Teerã salientou, contudo, que não tem qualquer intenção de obter armas nucleares ou quaisquer outras armas de destruição maciça, alegando que a posse de tais armas é contrária à fé islâmica do país.