De acordo com dados do Ministério da Saúde, o país tem 125.218 casos confirmados de COVID-19 e 8.536 óbitos causados pela enfermidade. O recorde anterior de mortes em 24 horas havia sido registrado na terça-feira (5), quando foram contabilizados 600 vítimas fatais.
O ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou que o lockdown poderá ser uma ferramenta para locais com situações críticas e que as medidas irão variar de acordo com cada localidade.
Com o fechamento de vias e regras mais rígidas de distanciamento social, Maranhão, Pará e Ceará já anunciaram medidas de lockdown para tentar contornar os hospitais lotados. No Rio de Janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) enviou relatório ao Ministério Público do Rio em que recomenda a adoção do lockdown.
Em entrevista à Sputnik Brasil, o virologista e professor do Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Davis Fernandes Ferreira diz que o lockdown é a "medida correta" para a saúde pública.
"Existem muitas pessoas morrendo, um grande número de pessoas indo a óbito e os hospitais ficando exacerbados e não podendo atender todas as pessoas", avalia Ferreira.
O professor da UFRJ esclarece que com menos pessoas nas ruas, a taxa de contágio diminui e isso significa um "alívio" para os hospitais. "Quanto mais a gente se desloca, maior é a chance de se infectar", afirma.
"Como estamos no olho desse furacão, cuidado excessivo é bom", afirma Ferreira.