Qualquer candidato que tenha sobrevivido à COVID-19 será impedido de se alistar no Exército norte-americano, a menos que obtenha uma permissão do ramo no qual gostaria de se alistar, de acordo com um memorando publicado pelo Pentágono no Twitter.
“During the screening process, a reported history of confirmed COVID-19 will be annotated ‘Considered disqualifying’“ pic.twitter.com/ZKx91AUbXo
— Free (@Nathaniel_Free) May 4, 2020
"Durante o processo de triagem, um histórico de COVID-19 confirmado será 'considerado desqualificante'".
A revista Military Times disse ter recebido a confirmação da autenticidade do memorando de Jessica Maxwell, porta-voz do Pentágono. O documento também inclui orientações sobre como lidar com casos potenciais e confirmados de COVID-19, começando com uma triagem inicial em 65 centros de recrutamento (MEPS, na sigla em inglês, órgãos que que selecionam e encaminham os candidatos às Forças Armadas).
"Durante a entrevista ou o exame sobre os antecedentes médicos, um histórico de COVID-19, confirmado por um teste laboratorial ou diagnóstico clínico, desqualifica permanentemente [...]", lê-se no memorando do Comando dos centros de recrutamento das Forças Armadas dos EUA (MEPCOM, na sigla em inglês).
Se um candidato falhar na triagem, ele não será testado e poderá regressar nos 14 dias seguintes se estiver livre de sintomas e não tiver diagnóstico clínico. De acordo com a diretriz, qualquer pessoa que tenha sido diagnosticada com COVID-19 terá que esperar 28 dias após receber a confirmação para comunicar ao MEPS.
Após ser comunicado, o diagnóstico seria "permanentemente desqualificante", a menos que o candidato receba uma permissão, embora não esteja claro como esta pode ser obtida.
Os militares norte-americanos não divulgam dados sobre o número de casos confirmados de coronavírus entre militares por questões de segurança, mas os relatos alegam que há mais de 4.000 tropas dos EUA com testes positivos para a COVID-19, enquanto a Marinha do país registrou 1.688 casos confirmados e oito mortes.