De fato, através do Teste Clínico para Prevenção da Infecção pelo Coronavírus em Profissionais da Saúde (EPICOS, na sigla em inglês), promovido pelo Ministério da Saúde da Espanha através do Plano Nacional sobre a AIDS, pretende-se comprovar se os medicamentos contra o HIV, tomados por soronegativos expostos a riscos, podem proteger profissionais da saúde da COVID-19.
Especialmente, será analisado o uso do tenofovir/emtricitabina – medicamento conhecido com o nome comercial de Trucada, utilizado para tratar e prevenir o HIV, como profilaxia de pré-exposição em funcionários médicos em risco de infecção pelo coronavírus. O teste buscará demonstrar se o uso diário do medicamento ocasiona alguma proteção contra a COVID-19.
Além do mais, o estudo inclui o uso da hidroxicloroquina, o remédio usado contra a malária, que despertou forte interesse nas últimas semanas como possível solução no combate à atual pandemia.
A análise, iniciada em 15 de abril, está sendo realizada em 62 hospitais de toda a Espanha, com o objetivo de avaliar o risco do desenvolvimento da doença em quatro mil profissionais da saúde expostos ao contato direto com pacientes infectados pelo coronavírus.
"Trata-se de um dos maiores testes clínicos da Europa e um dos maiores do mundo destinados a prevenir a doença COVID-19 em profissionais da saúde", afirmou o ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa.
Se comprovou que os funcionários da saúde podem transmitir de maneira involuntária aos pacientes em espera, motivo pelo qual pesquisadores consideram um grupo prioritário para o estudo.