"Não são muitos [que têm a doença]. E por que não são muitos ainda? Ninguém pega na mão deles, ninguém abraça morador de rua. Infelizmente", afirmou a ministra durante entrevista coletiva ao lado de outros ministros em Brasília.
Damares ainda destacou que o governo do presidente Jair Bolsonaro ainda não possui dados concretos de quantos moradores de rua já foram diagnosticados oficialmente com a COVID-19, e colocou em dúvida o número exato de pessoas em situação de rua hoje no país.
"No governo Bolsonaro a gente tem dito que ninguém vai ficar para trás. A população de rua é prioridade para o governo, agora vamos acolher, em momento de emergência, mas paralelamente apresentaremos a política pública para a população de rua", explicou a ministra.
Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, o novo coronavírus pode ser transmitido pelo toque ou aperto de mão com uma pessoa infectada. Contudo, o vírus pode ser transmitido de outras formas, sem haver contato físico.
Segundo informações ao portal UOL, o secretário especial do Desenvolvimento Social, Sérgio Augusto de Queiroz, subordinado ao Ministério da Cidadania, revelou que há 78.195 pessoas em situação de rua que podem receber auxílio, e que o governo deve liberar um crédito extraordinário de R$ 2,55 bilhões para esse fim.
Damares mencionou o programa Brasil Acolhedor para respaldar as pessoas em situação de rua, mas não foi só. Antes de falar sobre moradores de rua, a ministra anunciou um concurso nacional para que crianças façam suas próprias máscaras. As 50 melhores serão premiadas, e as três melhores poderão conhecer a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Atualmente, o Brasil tem mais de 125 mil casos confirmados de COVID-19, com 8.536 mortos, de acordo com os números oficiais do Ministério da Saúde. Todavia, especialistas dizem que os dados podem ser entre 10 e 15 vezes maiores, dada a alta subnotificação e baixa testagem da população.