Cientistas alemães da Universidade Johannes Gutenberg de Mainz lograram dessa forma identificar medicamentos que poderiam ser eficazes contra o novo coronavírus.
Em um estudo publicado em 5 de maio, os pesquisadores revelaram as conclusões obtidas graças aos 30 bilhões de cálculos extensos processados pelo supercomputador MOGON II.
O MOGON II, incluído na lista dos computadores mais rápidos do mundo, realiza dois quatrilhões de operações aritméticas por segundo e permitiu aos cientistas analisar a eficácia de medicamentos antivirais no combate à COVID-19, provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
O supercomputador realizou 30 bilhões de cálculos sobre 42.000 diferentes substâncias médicas descritas em bancos de dados públicos.
"Este método de simulação em computador é conhecido no campo da modelagem molecular como atracação molecular e tem sido usado na ciência desde há muitos anos", refere o estudo.
O estudo durou aproximadamente dois meses, tendo o MOGON II encontrado medicamentos para a hepatite C que têm a capacidade de ligar e neutralizar moléculas do SARS-CoV-2, como o simeprevir, paritaprevir, grazoprevir e velpatasvir.
Ao analisar os cálculos efetuados pelo MOGON II, os cientistas sublinharam que tanto o SARS-CoV-2 quanto o agente da hepatite C poderiam ser atribuídos a vírus de RNA de cadeia única.
Contudo, e a título de conclusão, os pesquisadores observaram que suas descobertas precisam ser confirmadas por experimentos de laboratório e ensaios clínicos complementares.