Elisabeth II do Reino Unido, de 94 anos, está, junto com o príncipe Philip, de 98 anos, sob quarentena desde 19 de março para se proteger dos efeitos mais perigosos do coronavírus sobre pessoas idosas.
A monarca do Reino Unido poderá nunca voltar a fazer aparições públicas, alerta Andrew Morton, o biógrafo real de 66 anos, informa o diário The Sun.
"É terrivelmente triste, mas não consigo ver como a rainha pode retomar seu trabalho habitual", lamenta Morton. "O vírus COVID-19 não vai embora logo, e ficará conosco por meses, se não anos."
Neste momento, apesar da vontade da rainha do Reino Unido de continuar seu trabalho, ela entende que as medidas são feitas para sua segurança pessoal.
"Seria muito arriscado para a rainha começar a se encontrar com pessoas regularmente. Ela sempre adorou sair e se encontrar com pessoas, mas não pode correr o risco. Como pode ela realizar investiduras, receber embaixadores, fazer caminhadas e visitar lugares sem se encontrar com pessoas de perto?", adverte o biógrafo.
A monarca realizou sua última cerimônia no Palácio de Buckingham em 18 de março e teve visitas canceladas na semana anterior a essa.
O biógrafo real elogiou o discurso de Elisabeth II no último mês, dizendo que "uniu o país" em meio à pandemia da COVID-19 que está assolando o Reino Unido e o mundo.
"Para citar [Winston] Churchill, foi o seu melhor momento, mas de agora em diante talvez só a vejamos em links de vídeo. O [outro] discurso da rainha na sexta-feira [8] foi inspirador por que ela serviu durante a guerra, e levantou os espíritos porque ela tem autoridade com sua vida de experiências."
Restrições da quarentena
Os cortesãos estão se preparando para mantê-la dentro de casa até pelo menos depois do verão, no que seria a maior ausência pública da monarca britânica desde que iniciou seu reinado em 1952. Além disso, o Palácio de Buckingham será fechado durante o verão aos turistas, será a primeira vez que isso acontece desde 1993.
Elisabeth II continua, junto com outros membros da família real, tais como seu filho Charles, príncipe de Gales, e sua esposa Camilla, duquesa da Cornualha, o príncipe William e Kate, duques de Cambridge, e Edward e Sophie, condes de Wessex, fazendo suas comunicações por telefone e videochamadas.